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domingo, 3 de fevereiro de 2013

A gente se cabe

          Você faz saudade. E a saudade só é bonita na poesia, em mim dói. Saudade, de te pegar no colo e te mimar um tiquinho. De beijar teus cabelos que cheiram ao xampu da monange. Saudade de ficar calada observando você cochilar do meu lado na cama. Saudade do cinema às 18h, do bolo que não cresceu, de você. Saudade de caber nos teus sorrisos, te entrar e penetrar no teu íntimo. E até de enxugar uma lágrima ou outra que escorria quando eu te dizia alguma coisa dura demais. Saudade.
          Você cabe em mim da maneira que ninguém mais coube. Você me faz sentir aquelas coisas que tanta gente diz. Borboletas no estômago. E se não for isso, podem ser passarinhos. Ou qualquer coisa que voe feliz e livre. E se isso não passar de coisa psicológica, tudo bem. É bom sentir. É bom sorrir quando vejo um torpedo seu dizendo que está na porta da minha casa. É ainda melhor quando alguém me diz: "o amor te chama" e você tá na porta da faculdade me esperando.
          Dia desses você me disse: "amor, eu vou casar contigo, pode apostar". Não sei (realmente) se algum dia ouvi alguma coisa que tenha despertado em mim tamanha felicidade. E já nem sei se "felicidade" define o que eu senti e venho sentindo esses (nossos) meses. Senti um arrepio na espinha, meu coração deve ter parado por uns segundos. Me senti feliz. Sorri e te beijei, sem fôlego, por que ficar feliz é de tirar o fôlego. Eu caibo em você, e nada poderia me ser mais feliz que isso.
          A gente se cabe, se enxerga e se ama. Fico sem fôlego outra vez. Amor, seu sorriso é lindo!

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