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domingo, 20 de novembro de 2011

Guilherme.

Sinto sua falta, todo santo dia, Guilherme. E dói! A respiração falha de vez em quando. Parece que o coração não bate. E dói! Senti as feridas se abrindo em mim, no seio da alma. E chorei. E elas não fecham Guilherme, não fecham. Não saram. Amargam. Maltratam. Tenho tanto pra te dizer, pra saber de ti. Ouvir da tua boca, amado meu. Sombra alguma deveria existir em nosso meio. Mas agora existe um abismo. Fundo e escuro. Donde eu cai da beira. Eu afundei, Guilherme, enquanto tua feição sumia de minhas vistas.

Onde está nosso castelo, Guilherme? E as muralhas que lhe cercavam? Parece que todas elas desabaram sobre mim. O meu rosto agora é sem forma. Os lábios que antes beijavam os teus não tem mais riso. Olhos que admiravam traços teus já são mortos e fundos. Fundos por que um poço de lágrimas foi ali cavado. E transborda, transborda, como eu Guilherme. Carrego apenas uma mala vazia de coisas nossas. E chove tanto agora Guilherme. Não cai nenhum pinguinho do céu, mas eu desmancho. Adormeci Guilherme, esperando que tu voltasse. E não voltou. E não quis acordar. Não acordei. Eu te amo Guilherme, por toda a nossa eternidade.

(Laisse Ribeiro)

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