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sábado, 17 de novembro de 2012

Quando a gente cai no sofá da sala de estar

Paro um pouco diante de você. Te vejo cruzando o salão, com um ar de segurança e de indiferença. E te vejo sorrindo um pouco, ou muito, e então percebo que meu amor por ti é muito maior que um dia jurei. E então você olha pra mim, ainda com o ar de segurança exarcebada e acaba comigo. Você me sorri um sorriso doce e bom, e parte em direção aos meus braços. Me sinto feliz, Carlos. Por quê quando te vejo, me lembro de tudo que a gente planejou juntos. E, mesmo querendo não lembrar, lembro das despedidas em vão e das nossas pequenas retomadas. Você me diz que o amor de verdade nunca se vai. E eu acredito. Talvez por que sou boba, talvez por que seja o que seus olhos transmitem. Você é tão fácil de se relacionar, mas tão, tão difícil de se descobrir. E quando fico te olhando quietinha, calada e sem piscar, é por que tento te decifrar. Conheço os teus sorrisos, tuas balançadas de cabeça, os teus olhares perdidos. Conheço seus momentos de raiva, e de alegria. Conheço tua voz e tuas palavras escritas. Mas ainda há tanto para descobrir do teu coração, Carlos. Me perco toda vez que você está por perto, e isso é quase sempre. Me perco de tantos jeitos e tantas vezes, que nunca mais me achei sozinha. Você me perde e me acha, e em questão de alguns segundos, me encontro em ti mais uma vez, e mais duas, cinco ou cem. E quando a gente cai no sofá da sala de estar, eu rio por dentro por que a felicidade me transborda. Eu rio por que você me faz feliz. Por que me sinto amada e feliz quando você me olha com olhos piedosos que me pedem um beijo. Me sinto feliz por que te amo, Carlos. E nada mais há para ser dito.

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